Não importa se hoje ele dorme nas entrelinhas do tempo, se a vida seguiu por caminhos distintos, se o toque virou memória e a voz se fez silêncio. Ele aconteceu, foi real, pulsou no peito como fogo ardente, iluminou dias, aqueceu noites, e isso o torna eterno.
Talvez o destino não nos reserve reencontros, talvez os olhares não mais se cruzem como antes.
Mas o que aconteceu, isso não se desfaz. Pelo contrario, encontrará na mente a resposta... que irá habitar nas lembranças, respirar na saudade, florescer na esperança sutil de que, de alguma forma, ainda que em um verso nunca lido, em uma música que o vento insiste em tocar, ou simplesmente na certeza de que, um dia, a possibilidade existiu.
A.S.F
